Jornalista cearense lança livro infantil sobre inclusão e desafios do TDAH

Um menino cheio de energia, empatia e imaginação, que recebe o apelido de "menino relâmpago" por nunca conseguir ficar parado. Na escola, enfrenta olhares desconfiados e episódios de exclusão, mas descobre que justamente as características vistas como problema podem se tornar sua maior potência. Esse é o protagonista de "Ângelo: o menino relâmpago", livro da jornalista e palestrante Mariana Sasso, que transforma vivências pessoais em uma narrativa lúdica e sensível sobre inclusão.
A obra foi inspirada em um de seus filhos, diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No entanto, a condição não é citada no enredo: o objetivo é naturalizar comportamentos diferentes e incentivar a cooperação entre as crianças. "Um dia perguntei ao meu filho por que ele não conseguia ficar quieto, e ele respondeu: 'é porque existe dentro de mim uma alegria que eu não consigo controlar'. A partir dessa fala, nasceu a vontade de contar essa história. Quero que crianças compreendam o que isso significa e aprendam a respeitar e a cooperar com quem tem essa condição", destaca Mariana.
A discussão proposta pelo livro é atual e necessária. Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, o Brasil tem cerca de dois milhões de crianças e adolescentes com TDAH, mas apenas 20% recebem tratamento adequado. A escola se torna, assim, um dos espaços mais importantes para a construção de empatia e a valorização da diversidade.
Mesmo antes do lançamento, a obra já conquistou espaço: com milhares de cópias encomendadas, foi adotada como paradidático em diferentes escolas do Ceará, incluindo Itaitinga e Eusébio. Voltado para crianças de 7 a 11 anos, o livro estimula reflexões sobre convivência, respeito e inclusão.
O lançamento de "Ângelo: o menino relâmpago" será no dia 11 de outubro, às 17h, na Livraria Leitura do Shopping Iguatemi Fortaleza, na véspera do Dia das Crianças, uma data simbólica para repensar a infância e valorizar a diversidade. Simbora lá?