9 a cada 10 brasileiros se automedicam: a prática pode mascarar doenças graves e impedir diagnósticos, alerta especialista
17/04/2025

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) identificou que 9 a cada 10 dos brasileiros entrevistados consomem medicamentos sem prescrição médica. Entre os principais motivos para o uso de medicamentos por conta própria estão dores de cabeça, gripes, resfriados, febre e dores musculares. A pesquisa também apontou a automedicação em casos relacionados à saúde mental, como ansiedade, insônia, estresse e controle de peso.
O levantamento indica ainda que 68% dos entrevistados buscam informações na internet antes de recorrer a um profissional da saúde. A facilidade de acesso a conteúdos digitais tem influenciado a tomada de decisões sobre tratamentos, muitas vezes sem acompanhamento especializado.
"O uso de medicamentos sem orientação pode mascarar sintomas, dificultar diagnósticos e atrasar intervenções adequadas. Também há riscos relacionados a efeitos adversos, uso inadequado de substâncias e interações medicamentosas", alerta Dr Benício Filho, médico especialista em Medicina Integrativa da instituição católica Cruz da Vida.
Outro ponto em discussão é o uso crescente de ferramentas baseadas em inteligência artificial para obtenção de diagnósticos e sugestões de tratamento. Embora possam oferecer informações preliminares, elas não substituem a análise clínica individualizada feita por médicos e outros profissionais qualificados, pois não possuem acesso aos históricos, exames e particularidades de cada paciente.
Este cenário mostra a necessidade de campanhas educativas sobre os riscos da automedicação e sobre o uso responsável de tecnologias na área da saúde. O atendimento profissional deve ser sempre o primeiro passo na condução de qualquer tratamento. A busca por cuidados médicos adequados segue sendo a forma mais segura e eficaz de preservar a saúde e garantir qualidade de vida. Simbora lá?